Segundo Sampaio (2005, p. 117) “a pressão que o sangue exerce contra a parede das artérias é denominada pressão arterial”, onde em uma pessoa jovem e com boa saúde deve oscilar entre
Entretanto segundo a classificação referenciada na VI Diretrizes Brasileira
de Hipertensão Arterial (2010), a pressão arterial deve oscilar segundo o
quadro abaixo:
Classificação da
pressão arterial de acordo com a medida casual no
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consultório ( >
18 anos).
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Classificação
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Pressão sistólica
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Pressão diastólica
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(mmHg)
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(mmHg)
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Ótima
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< 120
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< 80
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Normal
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< 130
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< 85
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Limítrofe
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130 - 139
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85 - 89
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Hipertensão estágio
1
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140 - 159
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90 - 99
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Hipertensão estágio
2
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160 - 179
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100 - 109
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Hiperetenão estágio
3
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≥ 180
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≥ 110
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Hipertensão
sistólica isolada
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≥ 140
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< 90
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Quando as pressões
sistólica e diastólica situam-se em categorias
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diferentes, a maior
deve ser utilizada para classificação da pressão
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arterial
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*Disponível em: http://www.anad.org
No que se diz
respeito ao controle da pressão arterial para Ferrreira, Filho, Meneghini e
Rieira (2005) o exercício físico além de auxiliar na manutenção aos níveis
ótimos constantes (120 a
80 mmHg), é de caráter obrigatório para portadores de hipertensão arterial
especialmente para a pré-hipertensão (139 a 89 mmHg).
Para Kruchelski et al. (2005) a aferição da
Pressão Arterial por meio de uma avaliação física, além de visualizar o estado
geral do indivíduo quando associado aos demais dados coletados, permite
visualizar um estado para pré-disposição à hipertensão arterial e doenças crônico
degenerativas.
Entretanto as respostas da pressão
arterial tanto durante a realização dos exercícios quanto ao término dos mesmos
estão relacionadas às suas características bem como o tipo, intensidade e
duração dos mesmos (BRUM et. al., 2004). Nos exercícios dinâmicos (contração
muscular com movimento articular), a pressão sistólica aumenta
proporcionalmente a intensidade do mesmo, com manutenção ou redução da
diastólica, sendo de maior ou menor significância de acordo com massa muscular
envolvida, ou seja, quanto maior a massa muscular menor a alteração da pressão
arterial.
Nos exercícios de característica
estática (contração muscular sem movimento articular), quando trabalhados em
alta intensidade, apresentam brusca elevação da pressão arterial diretamente
proporcional à execução do mesmo.
Estudos
relatam que ao término dos
exercícios, têm-se consideráveis modificações como o fenômeno da hipotensão, ou
seja, redução da pressão arterial após o exercício. No entanto esta redução esta diretamente relacionada quanto à duração e
intensidade do mesmo, efeitos estes sendo mais expressivos quando o exercício e
realizado em torno de 30 % a 80% do VO2 máx modificação esta que pode ter seu
efeito prorrogado por até 24h pós-exercício (LATERZA, RONDOM E NEGRÃO 2006).
Contudo, quanto à característica do
exercício têm-se respostas diferentes no fenômeno à hipotensão. Os exercícios
de forma aeróbia quando executados em baixa ou alta intensidade apresentarem
respostas semelhantes, já os exercícios resistidos, tanto de baixa quanto de
alta intensidade tem-se a redução da pressão arterial sistólica, porém, apenas
o de baixa intensidade reduz a pressão arterial diastolica (BRUM et al., 2004).
De acordo com Forjaz et al. (2000, citado por BRUM et al., 2004) os exercícios
aeróbios têm sido bem evidenciados com um maior efeito hipotensivo, porém nos
exercícios resistidos de baixa intensidade têm-se considerável redução dos
níveis de pressão diastólica.
Sendo assim ao prescrevermos uma
atividade física com o objetivo de melhora ou manutenção da pressão arterial,
além de termos o conhecimento da situação fisiológica do individuo, o controle
das variáveis do treinamento (tipo, intensidade e duração), tornam-se de suma importância
para que ocorram as adaptações desejadas.
Fabio A. Geronasso
Cref: 013630-G/Pr
REFERÊNCIAS
BRUM, P. C., FORJAZ, C. L.
DE M., TINUCCI, T. e NEGRÃO, C. E. Adaptações agudas e crônicas do exercício
físico no sistema cardiovascular. Revista Paulista de Educação Física, São
Paulo - Vol 18, p 21-31, Ago. 2004.
CARVALHO, T de, NOBREGA,
A.C.L. da, LAZZOLI, J. K., MAGNI, J.R.T., REZENDE, L., DRUMMOND, F.A.,
OLIVEIRA, M.A.B de, De ROSE, H. E., ARAÚJO, C. G. S. de, e TEIXEIRA, J. A. C. Posição oficial da sociedade brasileira de
medicina do esporte: atividade física e saúde. Revista Brasileira de
Medicina e Esporte - Vol 02, Nº 04 - Out/Dez. 1996.
KRUCHELSKI e RAUCHBACH
(Orgs). Curitibativa: gestão nas
cidades voltada à promoção da atividade física, esporte, saúde e lazer.1a.
ed., Curitiba, Ed Supergraf, 2005.
LATERZA, M.C., RONDOM, M.
U. P. B., NEGRÃO, C. E. Efeitos do exercício físico na hipertensão arterial.
Revista da Sociedade de Cardiologia do Rio Grande do Sul • Ano XV Nº. 09 Set/Out/Nov/Dez 2006.
VI Diretrizes Brasileira de Hipertensão. Disponível em:
FERREIRA, C., FILHO, C. F.,
MENEGHINI, A. RIERA, A. R. P. Benefícios do exercício físico na hipertensão
arterial. 4th Congresso Virtual de Cardiologia – 4th Virtual Congresso of
Cardiolgy. Setembro 2005. Disponível em
. Data de acesso 21 de
Maio de 2008.
SAMPAIO, E. Biologia Aplicada à Educação Física. 2ª
ed., Ponta Grossa, Ed. UEPG, 2005.